domingo, 18 de novembro de 2012

Dia de Bolo !

Hoje eu me arrisquei e fiz uma receita de bolo. A receita é super simples e contei com a ajuda da minha filha de 8 anos. O bolo ficou muito bom ... Segue foto e receita !




Bolo dos Trêz

3 xícaras de trigo
3 xícaras de açúcar
1 xícara de leite
3 colheres de sopa de manteiga
1 colher de chá de fermento (royal)

Bata muito bem a manteiga com o açúcar. Junte os ovos já bem batidos, o leite e por último o trigo peneirado com o royal.

Leve ao forno em forma untada.








segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Receitas de Peixe/Camarão

GATEAU DE CAMARÃO
Põe-se numa caçarola 3 colheres de sopa de azeite, tomate, cebola, pimentão, tudo passando na máquina com um pouco de sal. Tome-se 1 quilo de camarão, descasca-se, junta-se ao refogado, guardando alguns para o molho.
Tampa-se a panela e leve ao fogo durante 5 minutos. Em seguida junta-se uma xícara de arroz, uma de água fervendo e torna-se a levar ao fogo para cozinhar. Quando o arroz tiver cozido, misture um palmito partido em pedaços e 4 colheres de sopa de queijo ralado.
Arrume numa forma untada com manteiga e leve ao forno em banho-maria por 10 minutos.
Dica da vovó: arrume num prato redondo rodeado de alface “a serpentina”. Cubra com um molho bem grosso de tomate no qual junta-se um pouco de queijo e os camarões que ficaram na reserva.

MUQUECA BAIANA
Ponha na panela ½ xícara de azeite doce, ½ xícara de azeite de dendê, bastante cebola cortada em rodelas, alguns pimentões e tomates cortados, caldo de um limão, sal, pimenta, 1 quilo de peixe cortado em postas e alguns camarões descascados.
Cobre a panela e leve ao fogo forte. Quando estiver quase pronto, junte o leite puro de um coco.
Dica da vovó: este prato deve ser feito 15 minutos antes de ser usado. Serve-se com pirão de farinha de mandioca feito com uma parte do molho e uma parte de água. Pode tambem servir com arroz.
 

Receitas de Frango/Galinha

GALINHA À ESPANHOLA
Tome um frango gordo, limpe e parta pelas juntas, põe-se no vinha d´alho. Numa caçarola põe-se uma colher de sopa de manteiga e uma de óleo. Arrume assim:
      Uma camada de rodas de tomate
      Uma camada de rodas de cebola
      Uma camada de pedaços de galinha
      Uma camada de rodas de pimentão
      Uma camada de rodas de batata
      Uma colher de sopa de manteiga
      Uma colher de sopa de extrato de tomate e cheiros.
Assim, na mesma ordem, até terminar os preparos. Tapa-se a caçarola, leva-se ao fogo, dá-se uma fervura no fogo forte, retire para o fogo lento; conserve a caçarola tampada, não mexe, só sacode de quando em quando para não pegar.                

GALINHA MARAJOARA
Mate de véspera uma galinha grande e gorda; deixe em todo tempeiro. No dia seguinte, põe dentro de uma caçarola uma xicara de azeite, algumas rodelas de cebola, junte a galinha inteira, abafe bem e deixe cozinhar lentamente, pondo um pouquinho de água fervendo de vez em quando até ficar macia.
Quando pronta, corta-se e arruma-se num prato sobre uma camada de arroz cozido a moda comum.
Por cima, deite o seguinte molho: faça um bom refogado com azeite e todos os tempeiros passados na máquina. Torra-se 250 gramas de camarão seco, passe na máquina e junta-se ao refogado; põe-se uma xícara de azeite, leite puro de um coco pequeno e uma pimenta de cheiro. Refoga um pouco e está pronto.

sábado, 10 de novembro de 2012

Receitas de Carne


BIFE ABAFADO

Cortam-se bifes grandes e finos de filé ou chã, bata e bote no vinha d´alho, por espaço de 10 minutos. Cortam-se rodas de tomate, pimentão, cebola e batatas descascadas e partidas ao meio. Deite numa caçarola um pouco de óleo e uma colher de sopa de extrato de tomate.
Arrume assim na caçarola:
·         Uma camada de bifes
·         Uma camada de rodas de tomate
·         Uma camada de rodas de cebola
·         Uma camada de rodas de pimentões
·         Uma camada de rodas de batatinha.
Coloque nesta ordem até terminar os ingredientes. Ponha mais óleo e algumas azeitonas. Feito isto, leve a caçarola ao fogo baixo, bem tampada, não mexa, só sacuda de vez em quando, deixe ficar no molho.
Dica da vovó: no óleo pode botar uma colher de chá de coloral.



ROSBIFE

Tome um bom pedaço de filé, limpe bem e deixe um pouco dentro da água. Deixe no vinha d´alho um bom tempo. Perto de servir leve uma frigideira ao fogo com bastante óleo, quando bem quente, bote a carne dentro deixando passar um tempo, virando sempre.

Quando pronto retire da frigideira a carne e no mesmo óleo prepare o molho assim: uma colher de sopa de extrato de tomate, rodelas de cebola, rodelas de tomate, uma colher de manteiga, um pouco de leite. Deixe ferver e jogue dentro o rosbife. Deixe ferver um pouco mais e sirva.

Dica da vovó: esta carne não fica bem assada.


ROCAMBOLE DE FILÉ

Cortam-se ao comprido fatias finas de filé bem batidas, lava e deixe no vinha d´alho por 10 minutos mais ou menos. Arruma-se em cada fatia de carne uma de queijo mussarela ou prato, outra de presunto, enrola-se bem e amarra-se com uma linha. Leve ao congelador. Depois de congelar, parta as rodelas passe na farinha de rosca e frite.

Dica da vovó: arrume o prato da seguinte forma - no centro uma flor feita com purê em volta os rocamboles. Enfeite com ervilhas e tomates.



LOMBO DE PORCO A FRANCESA
Ingredientes para o lombo:

·         1.200 kg de lombo de porco
·         Sal
·         Pimenta do Reino
·        Caldo de limão
Lave o lombo, enxágüe, reparta ao meio sem separar as duas bandas e tempere com sal, pimenta do reino e caldo do limão.

Ingredientes para o recheio:
·         1 peito de frango
·         1 ovo
·         Sal
·         Pimenta do reino
·         200 gramas de presunto
·         2 fatias de bacon
·         1 cebola ralada
·         2 colheres de sopa de vinho branco seco
·         1 colher de sopa de farinha de rosca

Passe o frango guisado na máquina. Depois acrescente o presunto, o bacon, a cebola, o ovo, a farinha de rosca, o sal, pimenta e o vinho e misture bem.

Coloque o recheio no centro do lombo, enrole, costure, amarre com cuidado para ficar comprido. Coloque numa assadeira e leve ao forno durante uma hora e 15 minutos. Vá regando o lombo com o molho que for soltando na assadeira. Quando estiver assado, desamarre e retire a linha. Sirva com o molho numa molheira e um repolho refogado.

Dica da vovó: este lombo é ótimo.

RAGU DE CARNEIRO

Tome 1 quilo de carneiro novo; um pedaço bom e sem osso.

Corte em pedaços pequenos, deixe um pouco dentro da água. Leve ao fogo com tirinhas de toucinho, sal, cebola, coentro, alho, vinagre e tomate. Leve ao fogo brando e quando precisar, vá botando água quente e nunca ponha muita de uma vez. Quanto mais tempo ficar no fogo, mais bonito ficará o ragu.

Faça um purê de batatas e outro de gerimum (abóbora) e sirva numa travessa com o ragu no meio e de um lado o purê de batatas e do outro, o de gerimum.



RECEITAS DO TEMPO DA VOVÓ ....

Mais do que um projeto pessoal, esse texto é uma homenagem à minha avó Terezinha e tem como principal motivo poder passar a todos vocês um pouco da estória, dos cheiros, dos gostos e das boas lembranças que guardo da minha infância.
Para melhor compreensão, preciso traçar uma linha do tempo e fazer uma pequena demonstração da minha árvore genealógica. Pois bem. Vou começar do fim.
Moro em Porto Alegre com meu marido e minha filha. A mudança para Porto Alegre foi uma opção. Antes disso morei no Rio de Janeiro, cidade que me fez profissional, mulher e onde tenho família e amigos. Até hoje se me perguntam de onde sou, respondo: do Rio ! É uma questão de identificação de alma. É claro que se a conversa durar mais de 5 minutos, explico toda a origem. Antes do Rio de Janeiro, morei com família (pai, mãe e irmã) em Recife, apesar de ter nascido em João Pessoa. Logo, literalmente cruzei do Oiapoque ao Chui.
Meus pais são nordestinos, sendo meu pai natural de Santa Rita, na Paraíba e minha mãe, natural de Monteiro, também uma cidade do Estado da Paraíba. É nessa cidade – MONTEIRO – onde tudo começa ...
Era lá que morava minha avó Terezinha, com quem eu passava todas as minhas férias, rodeada de primos. Como era bom. Eu tinha 11 tios e a maioria tinha filhos e ainda moravam em Monteiro. Aquelas férias são inesquecíveis. Cidade do sertão da Paraíba, onde tínhamos total liberdade de passear pelas ruas, ir a casa dos familiares e amigos, andar a cavalo e, passear a noite no Coreto da Praça ... depois de ter ido à missa, é claro, já que no interior e, principalmente com a minha avó, ir a missa de domingo era obrigatório.
Aqui consigo começar a situar a origem deste projeto. Minha avó era uma pessoa maravilhosa, muito religiosa e, principalmente, uma cozinheira de “mão cheia”, como diziam naqueles tempos. A casa da minha avó era grande e espaçosa, apesar de ser um lugar muito simples, como era e ainda é comum nas cidades do sertão nordestino. A cozinha era espaçosa, tínhamos fogão a gás e a lenha e uma mesa de jantar enorme, cabiam umas 20 pessoas sentadas (em um banco contínuo) tranquilamente.
As refeições eram o momento mais esperado do dia e das festas. Todos os filhos, netos, sobrinhos e até vizinhos apareciam na hora das refeições, sempre prontos e desejosos por comer aquela comida tão saborosa. Eram pratos que minha avó fazia com maestria e sem qualquer preocupação com caloria, colesterol, gordura, entre outros problemas que hoje rondam nossas cabeças.
Lembro perfeitamente do cheiro da comida e de alguns pratos em especial, como o salpicão na noite de Natal, os sequilhos,  o “bolo de caco” ... são únicos e colocam no bolso qualquer chef de cuisine.
Todo o talento gastronômico da minha avó foi herdado por minha mãe, que também cozinha divinamente e por minha irmã que, aos 11 anos de idade, pediu para fazer um curso de culinária. Naquela época não era in ser chef e eram poucos os cursos de culinária na cidade. Sim, curso de culinária ... gastronomia é o nome moderno. Para mim, filha caçula, não sobrou nada deste talento. A única coisa que eu fazia bem àquela época era um bom ovo mexido que meu pai (acho que para me fazer feliz) dizia que era o melhor ovo mexido do mundo. Coisas de pai ...
Com o talento herdado por minha irmã, em 1991, minha avó resolveu presenteá-la com um “CADERNO DE RECEITAS”. Ela escreveu todas as receitas, de próprio punho, com aquela letra maravilhosa de professora, cujas fotos ilustram este blog. Tempos depois, como minha irmã já tinha talento de sobra, resolvi pegar este caderno emprestado e nunca mais o devolvi. Confesso que são pouquíssimas as receitas que consigo fazer, pois a linguagem, os ingredientes e o grau de dificuldade das mesmas não me permitem tamanha aventura, mas jamais consegui devolver esta obra de arte, pois leio as receitas como se elas fossem um conto. Consigo imaginar a minha avó fazendo cada uma destas receitas em sua cozinha.
Agora, resolvi compartilhar algumas destas receitas com todos vocês, como uma forma de prestar-lhe uma homenagem e com o objetivo de eternizar estas sábias lições de doçura e sabor.
Importante frisar que a transcrição das receitas é literal. Peço desculpas pelos erros de gramática e ortografia, mas a beleza destas receitas está na forma como elas foram escritas, dado o carinho e a pessoalidade nelas impressas.
A minha avó, meu MUITO OBRIGADA !!!!
A todos aqueles, familiares e amigos, que comeram um “quitute” da D. Terezinha, segue uma lembrança.

Aventurando-se !

Bem, estou iniciando hoje minha aventura no mundo dos "blogs".

Parece simples mas estou achando meio assustador .. risos !

Na verdade, há exatamente um ano pensei em fazer um caderno impresso para minha família com as receitas da minha avó. O tempo passou, algumas receitas foram transcritas para o computador, mas a impressão mesmo do pequeno livreto acabou ficando apenas no meu pensamento.

Confesso que tentei, mas mesmo não tenho qualquer interesse literário, descobri que para imprimir numa gráfica algo como uma "brochura" seria necessário, além da transcrição e da minha boa vontade, a utilização de programas específicos de diagramação. Realmente, nesta parte, fiquei paralisada !

Assim, resolvi passar da "brochura" para o "blog" e aqui estou eu entrando neste novo mundo virtual.

Espero que eu consiga atingir meu objetivo de eternizar algumas receitas e lembranças da minha avó e da minha infância.

Vamos ao trabalho. Germana Hardman